sábado, 27 de fevereiro de 2010

Rumo à indiferença


Nesse dia confuso onde o céu está indefinido, onde o vento hora é brisa leve hora é baque gelado e cortante, paro pra pensar nas conseqüências de tudo isso que chamamos de escolhas da vida.
A ressaca me deixa melancólica e pensativa, ou talvez realmente lerda, mas definitivamente acaba me fazendo pensar. E nesse dia estranho, indefinito, penso em você novamente e na conseqüência que é o agora, o que está acontecendo.
Sinto raiva de novo, muita... Quero que você se exploda, você e suas concepções estranhas sobre vida, viver, amor e amar. Sou mais as minhas e por mais que tente te entender e pensar em você como algo bom, não consigo.
Só me vem a raiva. Mas como diz uma pessoa sábia: “Agora você sente raiva, depois indiferença; mas até lá terás recaídas”.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ai ela disse:


Minha cara, você é foda, sabe disso. Você tem todo o direito de se achar, quando pode se achar. E quanto à isso, se ache quando quiser, menos quando eu estiver de tpm...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pobre papai...



- Minha filha, estou indo no super mercado. Quer alguma coisa?

- Ahn... Ai, pai. To precisando de absorvente...
Ele fez cara de dúvida, e disse:

- Ai ai ai. Qual?

- Pai, não é difícil. É aquele azul, mas não é noturno. É normal e COM abas. Não me compre sem abas senão eu não uso. Ah, e também é malha seca, ok? Tamanho normal...

Nessa hora apareceu a segunda filha. E a cara do pai pareceu mais preocupada:

- La vem a outra...

- Ah, não! Eu não gosto desse! Pra mim é aquele laranja, mas não o laranja claro. É o escuro, pai. Grava bem! E tem que ser noturno, suave... O noturno é aquele grande viu? Não vai confundir tudo de novo...

E logo chegou a hegemonia da casa, a mãe, e o pai fez quase uma cara de pânico e já foi pegando o bloquinho de anotações.

- Amor, que bom que você está indo lá. Quero o mini, ta? Mas é aquele importado porque aquele outro nacional acaba sendo pequeno demais. E não esquece de trazer o OB, mas é da marca OB, não vai me trazer aqueles fajutos que não prestam pra nada só porque é mais barato igual você fez da outra vez. Tamanho médio, ok?

- Calma! Repete tudo de novo porque é muita informação pra um homem que não usa essas coisas... Pai do céu, mas não serve tudo pra mesma coisa? Qual a diferença?...

Nessas horas, e em algumas outras, é que eu penso que todo homem devia passar por “aqueles dias” ao menos uma vez na vida...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Selo MasterBlog



Queridos, hoje ganhei meu primeiro selo... Ai que emoção, viu? Quem me deu essa honra foi a Vanessa do "Meu Divã é na Cozinha". Obrigada, querida!

Para postar o selo pede-se que responda a famosa perguntinha: O que não tem preço pra você?

Bom, eu respondo... Para mim, não tem preço os maravilhosos momentos que passo na vida. Sejam eles, triste ou muito felizes, normais, sem graça... Mas como pode ser maraviulhoso se é triste e sem graça? Bom, peripécias da vida, né? E o melhor de tudo isso é fazer o possível pra passar pro papel e dividir com todos.

E agora passo o selo para os seguintes blogs que eu gosto bastante!

1. A Poesia do Tempo

2. o insustentável da leveza

3. Eu sou uma pergunta

4. Devaneios de Desventuras

5. Olha a corneta

6. nada relevante

7. As Aventuras de Chicuta e Rabelo

E para os agraciados, favor responder a pergunta também!

Bom findi pra todos!

;)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Miau miando...

Eram quatro moças sentadas em uma mesa muito bem localizada em um bar badalado da cidade. O ambiente parecia ser habitado somente por figuras do sexo oposto naquele dia, sem contar que figuras essas muito agradáveis de observar e manter contato visual.

A conversa era regada a bebidinhas femininas de gostos variados: martinis, big apple, vodka com suco, tequila... Estavam todas absurdamente animadas afinal era quinta-feira e para aquelas lá todo dia é dia de comemorar e rir.

A coisa foi fluindo nesse nível ao passo em que atraiam olhares intrigados e curiosos dos que sentavam envolta, parecia uma animação natural demais para quem observava. Até que chegou a constatação, um torpedo via garçom no qual estava escrito: “Meninas, mesmo de longe estão animando nossa noite. Beijos, Dudu.”.

Quem era Dudu? De onde tinha visto o torpedo? O maior bafafá na mesa das moças... Já tinham observado um ser absurdamente bonito na mesa logo atrás e logo descobriram que o torpedo havia partido dali... Ansiedade, duvida, olhares 43 e comentários dos mais variados tipos.

Constataram então que Dudu só poderia ser o homem mais feio da mesa pois homens bonitos não mandam torpedinhos por guardanapo...

Poucas horas mais tarde, quando praticamente já haviam parado de especular sobre o suntuoso torpedo, tomaram um susto. O ser absurdamente bonito da outra mesa foi se despedir delas, agradecer a companhia mesmo que distante e a alegria proporcionada naquele começo de noite. Ainda as convidou para a festa que estavam indo.

É... Ficaram com a cara de boba. Todas. Não sabiam o que falar, para onde olhar... O ser foi embora e elas desconstataram a conclusão anterior. Dudu, o ser absurdamente bonito havia mandado o “torpedinho” e elas o menosprezaram.

Se deram mal...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Aventura no Campo.

- Dorothy. Amanha vamos visitar uma fazenda de leite aqui perto. Quero que você vá.

Dorothy é Assessora de Relações Internacionais.


- Ok, Doutor! Que horas?


- 6h30 lá em casa, vamos sair todos juntos de lá.


- (Puta merda, 6h30? Isso quer dizer que preciso acordar 5h30!!) Posso ir de tênis?


- Claro! Vai como você achar melhor...


Dorothy até que ficou empolgada, gosta bastante dessas novas aventuras e de aprender coisas fora da sua realidade de trabalho... Sabe como é né, todo mundo reserva um pedaço do cérebro pra cultura inútil (obviamente inútil para uns, e úteis para outros) e ela tava entrando nessa onda do agronegocio, agricultura, pecuária etc, como hobby. Mas Dorothy é peculiar e desastrada...


- Dorothy, vai ali fora e tira uma foto nossa pegando algumas vacas no fundo.


Estavam todos dentro de um “espaço” cercado dentro do curral e “ali fora” significava no meio das vacas.


- (Ai, Deus! Eu no meio das vacas) Ahn... Tem certeza? Tudo bem. Vamos lá, pessoal. Olha a foto...


Então veio a vaca, uma entre as dez que estavam ali, despropositalmente esbarrando na pobre Dorothy enquanto jorrava um litro de xixi. Ela levou um susto, saiu correndo, assustou as outras vacas, deixou cair a máquina no xixi... Teve sorte de não ser pisoteada. Melhor mesmo é ficar dentro do escritório.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Culpa sua.


"Você sente, mas foge... Sabe, tem certeza do amor. Mas talvez não esteja mesmo fugindo, concluiu que assim é melhor e foi embora. Mas eu não entendo. Incompreensível para mim amar e não lutar pelo amor, simplesmente ir embora por medo. Você tem medo, eu também, mas o amor não dói, pelo menos é o que dizem, o que dói é o que fazemos com ele. Eu não sei se te amei, acho que não e talvez tenha sido melhor assim, menos sofrimento pra mim. Você foi egoísta, decidi ser também.
Agora já virou passado, mas a dúvida ainda persiste, a curiosidade, a vontade de viver e sentir o amor, o que poderíamos construir juntos, mas não o fizemos. Definitivamente passou, mas me aborrece imaginar que poderia ter sido perfeito, mas você não quis, e tinha certeza disso."

(Alice, no País das Contradições)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Medo.

Jolie: Mas hein, você sentiu alguma coisa por ele? Antes de ficar... Sem ser achar bonitinho?

Alice: sentir? Ai... Não senti nada. Não me permiti. Me sinto bloqueada pra esses sentimentos a primeira vista que não seja o convencional "ele é bonito" ou "ele é feio".
Sei lá... O fato de eu ser muito "dada" e me envolver fácil, já me botou numas frias, você sabe: Pitt, Butler e Mcconaughey são exemplos vivos...

Jolie: Mas você não é assim...

Alice: Não sei se você me entende, mas acredito que não sentindo nada assim de primeira não confundo amor com qualquer outra coisa. Cansei de sofrer por achar que sinto alguma coisa e me frustar tanto com o sentimento quanto com a outra pessoa.

Jolie: Alice... Cuidado, minha cara. Cuidado. Cuidar dos sentimentos é uma coisa, não se deixar sentir é outra e dói. Sufoca. Porque você quer sentir e não consegue. Depois fica achando que tem um problema. E tem mesmo, criado por você. Porque sentimento não é como um botão: aperto pra sentir, aperto de novo pra não sentir. Apertar pra não sentir é uma merda porque é mais fácil, mas uma hora o botão emperra e aí lindona tu vai sofrer mais e mais.
Não use de radicalismos, não viva só nos extremos, a chave é o equilíbrio.

Alice: Você ta certa... Mas eu to com medo de amar, de amar e não entender que estou amando. Amar e me decepcionar com o sentimento. Eu nunca amei e to com medo do amor.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Carta de Desaniversário


Chegou a hora de renovar muitas coisas. Votos de saúde, desejos de paz e de muito amor. Mas não sei o que acontece quando eu tento falar algo valioso, o porquê das palavras fugirem. A verdade é que não sei nada da vida e não tenho muito para compartilhar. Mas o que eu sei é que tu subiste mais um degrau na escada da vida, e por isso te desejo sabedoria na escolha do teu caminho, humildade e consciência de que não está sozinha. Também desejo que todas as vezes que você olhar pras tuas cicatrizes sejas capaz de perceber o contexto de queda e superação.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Naquela hora.


De repente a surpresa. Um colega a chamou.
Em sua frente estava ele, e entre eles uma dose dupla de tequila. Que tentação...
Aquilo só podia ser uma armação dos dois, dele mais ainda.
Foi forte, se segurou e não bebeu.
Ele olhava pra ela e não falava nada, só a encarava e ria, aquele riso debochado.
Ela disse que não podia, trabalharia dia seguinte.
Continuou sem beber e seu colega o fez por ela, depois saiu...
Ficaram lá, sozinhos entre pessoas conhecidas e desconhecidas que curtiam o final de festa.
Ela não sabia o que fazer, ele continuava olhando.
Teve uma vontade subversiva de lhe beijar e depois lhe dar uma bofetada.
Se segurou e começaram a conversar...