terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Medo.

Jolie: Mas hein, você sentiu alguma coisa por ele? Antes de ficar... Sem ser achar bonitinho?

Alice: sentir? Ai... Não senti nada. Não me permiti. Me sinto bloqueada pra esses sentimentos a primeira vista que não seja o convencional "ele é bonito" ou "ele é feio".
Sei lá... O fato de eu ser muito "dada" e me envolver fácil, já me botou numas frias, você sabe: Pitt, Butler e Mcconaughey são exemplos vivos...

Jolie: Mas você não é assim...

Alice: Não sei se você me entende, mas acredito que não sentindo nada assim de primeira não confundo amor com qualquer outra coisa. Cansei de sofrer por achar que sinto alguma coisa e me frustar tanto com o sentimento quanto com a outra pessoa.

Jolie: Alice... Cuidado, minha cara. Cuidado. Cuidar dos sentimentos é uma coisa, não se deixar sentir é outra e dói. Sufoca. Porque você quer sentir e não consegue. Depois fica achando que tem um problema. E tem mesmo, criado por você. Porque sentimento não é como um botão: aperto pra sentir, aperto de novo pra não sentir. Apertar pra não sentir é uma merda porque é mais fácil, mas uma hora o botão emperra e aí lindona tu vai sofrer mais e mais.
Não use de radicalismos, não viva só nos extremos, a chave é o equilíbrio.

Alice: Você ta certa... Mas eu to com medo de amar, de amar e não entender que estou amando. Amar e me decepcionar com o sentimento. Eu nunca amei e to com medo do amor.

2 Comentários:

Às 9 de fevereiro de 2010 às 03:26 , Anonymous Carol disse...

Hun, de amores não posso falar, como bem sabes, porque deles só entendo dos platônicos. Mas eu leio alguém que fala coisas belas sobre o amor, alguém com quem todo mundo tende a se indentificar se ler no momento certo: Clarice Lispector.

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

Não preciso dizer mais nada, né?

Cuide-se viu?!

 
Às 9 de fevereiro de 2010 às 15:16 , Blogger Unknown disse...

Sinto uma ponta de autobiografia nisso...

 

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