sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O dia seguinte.

Era uma quarta-feira daquelas que você acorda tão leve que nem sente o preso das responsabilidades e da própria consciência; com aquela leve dorzinha de cabeça e um gosto estranho na boca... Ou seja, que você está no mundo da lua e com um pouco de ressaca.

- Mazinha, estou atrasada e eu sei que você precisa do carro. Vamos passar no café pra comer alguma coisa e depois você me deixa?

Mazinha, sua irmã mais nova, sempre com aquela cara de “ta.faço.mais.esse.favor.pra.você.sua.chata”, parecia estar de bom humor:

- Ta bom. Também to com fome. Nada pra comer aqui em casa...

Fui dirigindo, reparando no céu azul, na borboleta preta que se segurava do retrovisor do carro, na música da Lady Gaga-Ga...

- Você ta louca, ow? Não viu o cara atravessando na faixa de pedestres não?

- Ahn? – Enquanto reparava nas coisas belas do dia pensava nas coisas que teria que fazer no escritório e no sapato que estava em promoção... – Ai meo, nem atropelei então ta tudo bem!

- Acorda! – olhou para o alto com o típico gesto de quem está sem paciência, enquanto apoiava a mão na cabeça e o cotovelo na janela do carro. – Com o que você sonhou essa noite hein? Ou melhor, você dormiu? A mãe ficou me enchendo o saco porque você não tinha chegado!

A noite anterior tinha sido super divertida! Encontrou com suas amigas em um barzinho, beberam Martini e Big Apple a noite toda enquanto riam de piadinhas infames, reparavam nos carinhas que ficavam olhando e brincavam com o garçom bonitinho. A ressaquinha tinha batido, mas nada demais!

- Garota! Você ta me ouvindo? Nossa, desisto de você. É realmente um caso perdido!

Ouvi alguma coisa zumbindo no meu ouvido. Alguém, eu acho, falando alguma coisa sem importância e que não queria ouvir. Não precisava. E encheções de saco de irmã mais nova são sempre sem importância. Chegamos. Parei o carro. Sai. Fechei a porta.

Foi tudo normal. Ela ainda zumbindo alguma coisa relacionado a “você vai tomar uma puta bronca por ter chegado em casa tarde de novo, ainda mais no meio da semana.” Não estava nem ai. Não ligaria...

Engraçado que não falaram nada. Me olharam por cima do óculos, balançaram a cabeça negativamente e perguntaram se tinha dormido bem.

- Dormi sim. Igual uma pedra! Me da um café, um misto e um suco de laranja? Vou sentar ali...

Continuava pensando em tudo. Principalmente que por volta de quatro horas da tarde não estaria se agüentando em pé e ainda tinha outro aniversário de noite... Ainda precisava comprar o presente e passar no posto pra comprar a bebida (mais bebida? Nuuus)

Hora de ir embora.

- Uai. Cadê a chave do carro? – Me perguntei incrédula e voltando um pouco para a realidade.

- Sei lá! Tu que tava dirigindo e fechou o carro, cabeçuda! – Definitivamente com menos paciência que antes e com direito a um tapinha na minha cabeça.

- Puts, acho que deixei no carro. – Já tinha feito isso uma vez, mas de novo?

- Não acredito, Camila. – Fez aquela cara de bunda típica e saiu andando.

- Não fala nada pro pai e pra mãe! Vamu! – E se tivessem roubado o carro? Ai meu Deus! Foi um verdadeiro choque de realidade.

Foram andando rápido para o carro.

- Sua anta! Você não só deixou a chave dentro do carro, como também deixou o carro ligado! – Seu ar mudou. Não era mais de “sem paciência” ou indignação. Tinha ficado preocupada. – Você ta bem? – Disse, enquanto me sacudia pelos braços.

- Nossa. Como eu fiz isso? – Havia acordado do meu mundo. – Vixi, quase acabou a gasolina! Vamos no posto colocar alguma coisa! Não fala nada pra eles viu?

- Caramba, Camila. Você me assusta...

- Ah, não enche!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Do amoroso esquecimento


Eu, agora - que desfecho!

Já nem penso mais em ti...

Mas será que nunca deixo

De pensar que te esqueci?

(Mário Quintana)

*Sis, é por isso que você merece meu amor.

domingo, 24 de janeiro de 2010

VESTIDO: R$ 150,00

TAXI: R$ 40,00

FESTA ESTRANHA COM GENTE ESQUISITA: R$ 20,00

CERVEJA: R$ 5,00

VER O DIA NASCER COM PESSOAS ESPECIAIS: DEFINITIVAMENTE, NÃO TEM PREÇO!


QUERIDAS, OBRIGADA!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

A primeira vez a gente nunca esquece...

Tinha quase 18 anos. Não costumava fazer as coisas fora da lei, mas aquele dia foi especial. Estavam todos em um bar, se divertindo depois de mais um dia fatídico de cursinho pré-vestibular. Um dos colegas havia acabado de voltar do México e fez a proposta. Eu fiquei ansiosa, com água na boca e curiosa. Nunca havia experimentado, visto, só imaginado... Qual seria a cor? Sempre havia imaginado meio azulado, talvez verde...

- Só não está aqui comigo. Tenho que passar lá em casa para buscar, mas é aqui do lado. Volto já! – E saiu em disparada para casa. Sorriso no rosto. Exalava empolgação.

Certamente todos ali já haviam experimentado. Eu não. Estava com medo... Então ele voltou. Tinha sido rápido mesmo. Ela estava com ele, já pela metade. A cor me surpreendeu, não era azulada nem talvez verde, era dourada. Um dourado estranho, chamativo, inquisidor, desafiador, um pouco hipnotizante.

Trouxe o equipamento completo para o ritual. Tudo pronto. Serviu todos, inclusive eu. Comecei a ficar nervosa, suar frio. E se a polícia aparecesse ali? Iria pra cadeia!! Mas eu queria, queria ver de qual era... A sensação, o que aconteceria depois. Já havia escutado tantas histórias que queria ter q sua para contar também. Pelo que ouvia, aquilo poderia transformar uma pessoa. Então todos começaram:

- Arriba, abajo, al centro y adentro! – Lambe o sal, vira a dose, chupa o limão.

Tiveram muitas manifestações depois. Eu fiquei calada, talvez porque tivesse trocado a ordem das coisas: primeiro chupei o limão e depois fui no sal. Achei estranho... Logo de cara as coisas começaram a perder um pouco de forma. Mas me contive, nem careta eu fiz. Continuei calada, sentindo aquilo... Era diferente, e não era o que imaginava. Fiquei meio tonta, a garganta deu uma ardida, meu estomago sentiu o baque...

- E ai, Mila? Gostou? – Perguntou o Lipe, meu namorado na época.

- É... Sei lá! Mas bora virar outra?


*Depois dessa, muitíssimas outras vieram e certamente renderam algumas historias, essa foi só a primeira.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Gênese

"Foi numa segunda-feira, durante a aula de sociologia, no momento no qual a professora, uma mulher baixinha, de cabelos ruivos ondulados, vestindo uma longa saia estampada de flores coloridas e uma blusa branca, com alguns colares rústicos pendurados no pescoço, fez o anúncio, que tudo começou:

- Cidadãos – disse ela – façam grupos com no máximo quatro indivíduos, por favor, para que eu posso explicar o trabalho em grupo.

Ao ouvir aquelas palavras meu estômago inflou, distendeu, embolou, alongou e voltou ao lugar deixando uma sensação de morte iminente por todo meu corpo. As aulas da faculdade já haviam começado há uma semana e eu não tinha falado com ninguém até então. Não conseguia encarar aqueles outros calouros sem sentir toda a força sobrenatural da natureza anti-social invadir minha razão e ser pulsada, a cada batida do coração, para todos os tecidos do meu corpo, deixando em minha face uma careta de medo, mas que bem poderia ser confundida com cara de quem tem dor de barriga.
Meus olhos estavam vidrados no verde quadro negro quando um rapaz loiro, magro, de cabelo esvoaçado e seu colega moreno, muito magro, de cabelo penteado vieram falar comigo:

- Oi, podemos fazer parte do seu grupo? – disse o menino loiro, já arrastando a carteira na minha direção.

Eu movi minha cabeça lentamente, tentando apagar do meu rosto os traços do pavor e encarei os dois guris. O silêncio foi interrompido pelo moreno, magro e penteado:

- Oi, ele perguntou se podemos fazer parte do seu grupo? – disse o guri, chacoalhando os braços animadamente na frente do meu rosto.

Quando abri a boca um grunhido fino fugiu da minha garganta. Pigarreei e assenti com a cabeça.

- Certo – disse o loiro. – Falta mais uma pessoa para o nosso grupo. Ei, você – disse ele acenando para uma menina no fundo da sala – Venha fazer parte do nosso grupo!

- Amigos – disse ela com um ar solene – infelizmente não posso fazer parte do grupo de vocês.

Eu esperava um “já tenho grupo”, mas ela cuspiu, pomposamente, isso:

- Porque essa menina – disse ela apontando o dedo inquisidor na minha direção – não vai com a minha cara.

Espantei-me com a reposta pronta da guria e minha mente logo me abarrotou com assertivas acerca da personalidade daquele ser apavorante que se erguia do outro lado da sala.

- Eu? – perguntei espantada, já que nunca tinha reparado na existência daquela menina magra de nariz empinado, usando uma estranha camiseta com os dizeres “Sou misteriosa e vingativa.” – E metida.

- Ahn, você falou o quê? – disse a Nariz Empinado, fazendo sinal pra eu falar mais alto que ela não conseguia ouvir do outro lado da sala.

- Guria, nem te conheço. – gritei eu - Mas se tu quiser fazer parte do grupo não me oponho.

A Nariz Empinado veio saltitando na direção do nosso grupo. Sentou na cadeira ao meu lado, abriu um sorriso de orelha a orelha e falou:

- Oi, meu nome é Camila.

Post-Scriptum: Muitas secas e epistaxias depois nós continuamos nos desentendendo. Sempre com muito amor."


Quem escreveu isso sabe o que fala...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aconteceu tem um tempo: na balada

Algum tipo de música estava tocando. Estava se divertindo muito com uns amigos e seu primo. Tequila, cerveja, vodka e sei lá mais o que! Dançava, pulava, tirava foto e filmava como uma cinegrafista responsável pela cobertura da festa! Estava no grau! Até que... Subitamente:

- (Pensamento) Uai, cadê todo mundo??

Já estava meio tonta e desorientada... Havia estado naquela balada só uma vez antes daquela, não conhecia direito, mas era um OVO! Definitivamente, não poderiam ter ido embora e deixado ela lá...

- (Pensamento) E cadê o médico? Ai, é verdade, ele acabou de ir embora porque vai dar plantão amanhã, quer dizer, daqui a pouco. Cara doido... Melhor dar uma volta pra procurar todo mundo.
Foi ao banheiro procurar as meninas, passou pelos dois bares, perguntou ao segurança na porta de saída se havia visto alguém indo embora (e lógico que ele disse que viu um monte de gente e foi super grosso), procuro na fila do caixa, na pista de dança...

Então, inesperadamente encontra todos eles juntos. Não estavam longe nem escondidos, mas estavam em um lugar que ela não sabia que existia e mesmo que soubesse não iria procura-los lá... Adivinha: Jogando pebolim.

Ficou sem definição para a situação... Na verdade na hora nem pensou muito no fato, ficou foi aliviada por ter encontrado todo mundo e se livrado de um pentelho que parecia o “Amaury Dumbo” que ficou a perseguindo enquanto estava perdida...

Dia seguinte parou para pensar:

- (Pensamento) Puts, na moral. Quem joga pebolim na balada?! PE-BO-LIM !! Que coisa de... de... sei lá o que! Vai dançar, pegar mulher/homem, beber, causar... Me desculpem os santistas/paulistas, mas nunca tinha visto disso! Nem sóbria teria imaginado eles ali!

Vai entender, tem coisa que só acontece comigo mesmo! Jogando pebolim na balada, aff!...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Passado - Hector Babenco

"(...) é um refúgio onde as mulheres se juntam para curar suas feridas.

Repórter: e o que diz Adèle H., por exemplo, sobre os amores perdidos?

Sofia: Que podem ser recuperados. Começamos a perder os homens quando começam a nos esquecer. E os perdemos de vez quando esquecem o quanto foram felizes com a gente.

Repórter: E o que acontece quando duas pessoas se separam de comum acordo?

Sofia: Bem, todas nós sabemos que a separação também pode ser parte de uma história de amor."



* Li esse trecho no "Meu divã é na cozinha..." e TIVE que copiar. Com todo o respeito e direitos reservados.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conclusão


Nada é perfeito.

Essa palavra (e seus derivados) não deveria nem existir.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Quero-ser-poeta.


pensamentos vão e vêm,
na melancolia desse dia chuvoso, sozinha....
abatida pela velocidade com que as coisas acontecem,
pela vontade de resposta,
pelo desejo...
a chuva aumenta, e aumenta minha vontade de ter tudo solucionado,
já!
impossível, eu sei...
então eu espero.
serei paciente,
prometo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Chat


Miss Marple: soltei uns puns super fedidos essa noite. Acho que foi a batata de ontem... iuhaiuahuiahuaihaui

Kaa: Ecaaaaa!! Que nojo... kkkkkkkkkkkk

Miss Marple: Sai daí pessoa que solta pum Chanel Nº 5!

Kaa: ¬¬'

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sentimentos confusos

É interessante como quando não temos pretensões tudo parece acontecer. Será um complô das almas unidas contra a nossa inocente vontade de aproveitar um simples momento como outro qualquer? Será um efeito borboleta, onde uma ação minha poucos instantes, horas, dias antes mudou o que aconteceria no futuro? Será que estava tudo escrito, pronto para acontecer, como o que esta por vir em 10 anos?

O que sei é que depois disso eu mudei. Mudei de tal forma que tenho certeza ser impossível passar para um papel. Estou tentando, com toda força do mundo organizar meus pensamentos, idéias, sentimentos, mas é tudo muito intenso, forte, expressivo, diferente de qualquer outro momento ou sentimento.

Paro pra pensar no que aconteceu, me sinto surpresa pois não esperava, fiquei feliz porque disse tudo que precisava, mas estou confusa. Não sei que decisão tomar, qual caminho seguir. Ser racional ou emotiva? Não posso agir racionalmente e me tornar uma pedra sem sentimentos; mas não posso me deixar levar pelo coração e perder o controle sobre minhas ações, como normalmente tem acontecido.

Estou diferente, pensando diferente e mesmo que não tenha tomado nenhuma atitude, isso já mostra o quanto tudo mudou.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Temperamento Impulsivo - Momento Clarice


“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.


Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”


Clarice Lispector

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Era quinta...

Ela estava acordando para malhar; ele numa puta ressaca. Ela vai fazer seu suco especial; ele abre aquela lata de coca-cola e toma tudo de uma vez. Ela arruma a cama enquanto o suco digere; ele olha pra cama morrendo de vontade de voltar e jurando que nunca mais sai na quarta-feira. Dia de folga, ela sai pra se exercitar; ele entra às 8h, sai P da vida.

Se encontram no hall do elevador. A animação dela o irrita; a cara de tédio ressaqueado dele a faz rir.

- (Pensamento) Do que ela está rindo? Garota idiota.

- (Pensamento) Opa, me expressei demais, melhor falar alguma coisa.

Entram ... O elevador para. Ótimo, era só o que faltava (irônico para ela; sincero para ele).

Ela fica nervosa; sua aula de abdominal começa em 5 min. Ele fica aliviado; já vai mandar mensagem pro chefe e tirar um cochilo ali mesmo. Ela começa a apertar o alarme. A cabeça dele dói!

- Calma...

- Como calma?! Não tirei o dia de folga pra ficar presa no elevador!... E você também pelo visto não levantou da cama pra ficar com essa cara de bêbado zanzando por ai...

Ui. Pegou pesado. A garota ia da animação ao estresse rápido!

- Tá, desculpa...

- Não, desculpa eu. É que não gosto de ficar presa no elevador, me da gastura.

- Tem medo, então?

- Não, não é bem medo... Não sei explicar, tenho compromisso, não esperava ficar presa aqui. Esse alarme ta quebrado e a luz acabou, o interfone não funciona quando acaba a luz. Povo burro, pra que coloca interfone no elevador?

- hahaha! Nossa, você ficou brava mesmo! Não adianta ficar assim, estamos aqui, certo? Uma hora vamos sair, só esperar que alguém chegue. Deixa eu sentar um pouco...

- (Pensamento) Ai. Cara idiota. Só porque vai enrolar pra chegar no trabalho, acha q vai poder tirar uma soneca no elevador... uuuh! Que ódio. Ta, calma, respira e conta até 10. Você não tem nenhuma reunião importante do trabalho, consulta no médico, ninguém está te esperando... Just relex....

- (Pensamento) Ta putinha... Cadê o sorrisão, han? Mas até que ela é bonitinha... Nunca tinha visto por aqui. Essa roupinha de corrida ficou uma graça. Pernão, bundinha empinada. To bem de vizinha e não sabia, que tonto!

- Mas me diz então... Você mora aqui tem muito tempo? Sozinho? Nunca te vi!

- Pois é, estava pensando nisso também... Nunca vi você, que coisa hein?

- (Pensamento) Porque esse tom irônico desse cara? E por que ta me olhando assim? Aff.... Até que ele não é tão mal assim, nessa Brasília só tem gente feia! Não deve ser daqui...

Conversaram bastante enquanto ninguém os encontrava. Foram 30 minutos de papo furado, mas interessante. Descobriram que tinham amigos em comum, que trabalhavam próximos, que tinham gostos completamente diferentes para livros e cinema, mas que gostavam de sair pros mesmos lugares. Falaram sobre as dificuldades do trabalho, de viver em Brasília sem a família, de desilusões amorosas. Foi tanta coisa!

Finalmente conseguiram abrir a porta.

- (Pensamento) Poxa, já?

- (Pensamento) Ah, não creio... O papo tava bom até. Tenho que tomar uma atitude, sou homem... Chamo pra sair????

...

- Bom, deixa eu ver se consigo pegar alguma aula na academia ainda então...

- E eu vou ver se meu chefe acredita em mim!... Vai fazer alguma coisa hoje de noite?

- Não sei... Na verdade talvez saia, mas acho que não... Por que?

- Ah! Podíamos terminar essa conversa, né?

- Claro! Passa la em casa...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Lady Gaga-Ga


Música no rádio...

(Bad Romance, Lady Gaga):

- Rah-rah-ah-ah-ah-ah!Rama-ramama-ahGaGa-ooh-la-la!Want your bad romance
Rah-rah-ah-ah-ah-ah!Rama-ramama-ahGaGa-ooh-la-la!Want your bad romance.....

- Pô, gosto dessa música dela!

- Ah, prefiro “Just Dance” e “Poker Face”…

- Gosto de todas, as musicas são animadas! Mas meo, ela é estranha... Total freak, até hoje não sei como é a cara dela!!

- Eu já vi... A Fé me mostrou. Ela é feia! Mas percebe uma coisa, toda musica dela tem “la-la-la-lala”, “papa-pa-pa-ra-ra”, “gaga-lala”, “oh-oh-uh-lala”.

- Verdade...

-Kaa, será que ela é gaga?

- Gaga!? ..... kkkkk

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Confissão


"- É a sua vez.

- Ei, cadê o armário do padre?

- Que armário?

- Que ele entra para ouvir o que eu vou falar?

- O confessionário você quer dizer. Bom, não usaremos. O padre vai ficar de olho fechado.

- E se ele espiar?

- Ele não vai espiar. Pode ir.

Sentei na frente do padre.
- “Ave Maria puríssima” – murmurou o padre.

Abri meu papel e falei:
- Sem pecado concebida. Abençõe-me padre porque pequei. Meus pecados são os seguintes: Sofro de inveja, ira, preguiça, avareza, gula e não sofro de vaidade porque a mãe falou que eu preciso pentear mais os cabelos e escovar os dentes sem ela mandar e também acho que não sofro de luxúria porque não sei o que é. Minha inveja é por causa da Sorveteira da Eliana. Eu vi a propaganda na tv e pedi uma pra minha mãe, mas ela disse que eu não merecia, e no outro dia a minha vizinha que merece muito menos do que eu ganhou uma. Minha inveja é bem grande senhor padre. E minha ira também. Fico irada com meu irmão porque ele não me deixa assistir As Incríveis Aventuras de Jhonny Quest em paz. É só começar e ele desliga a tv para jogar Belcoucouei no vídeo-game. Ele é muito irritante senhor padre. Outro pecado meu senhor padre é de ser mão de vaca. Sabe, eu tenho um cofrinho de porquinho e ele é tão bonito que eu não tenho coragem de quebrá-lo, aí não gasto minhas moedas.

Nesse momento o padre abriu os olhos.

- Não vale espiar senhor padre – falei indignada.

- Me desculpe, pode continuar – murmurou o padre.

- Senhor padre, acho que não tenho jeito mesmo. Sou muito gulosa. Como pipoca, brigadeiro, batata palha, bolo, bolacha sem recheio e tomo refrigerante. Muito refrigerante. Minha mãe até diz que se eu não parar de tomar refrigerante, um dia o gás vai ser tanto que eu vou sair voando. Voltando para os meus pecados, o último é ser preguiçosa. Odeio acordar cedo pra ir pra escola. Morro de preguiça, acho até que Deus deveria mudar o horário de início das aulas. Eu já pedi isso pra ele, mas acho que não consigo me comunicar direito. O senhor padre poderia passar o recado pra mim.

- Minha filha, você não deve sentir inveja de sua vizinha, mas amá-la. Bem como amar seu irmão também. Tente não brigar com ele e ajude mais sua mãe em casa. Você deverá rezar dois Pai Nosso.

- Sim senhor, senhor padre.

- Repita depois de mim: Senhor Jesus, Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo,
reconcilia-me com o Pai pela graça do Espírito Santo; purifica-me de todos meus pecados e faz de mim um homem novo. Amém.”

- Depois de recitar o ato, o padre falou: “O Senhor perdoou teus pecados. Ide em paz.”

E eu fui."

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mãe é Mãe...


Cara, vou te contar uma coisa, melhor, perguntar... Tem coisa que pode dar mais raiva do que a tal da “intuição de mãe”? Claro que em outras circunstancias questionamentos sobre a intuição de mão não possuem importância, mas em outros casos sim...

Aquela balada muito doida, aquela viagem de carro com os amigos, aquela corrida noturna, aquele acampamento na praia, aquele relacionamento com um cara mais velho, aquela amiga, etc!

Tudo bem, alguma situações são duvidosas mas nós, jovens sempre em busca de aventuras, achamos que tudo vai dar super certo, que vai ser o máximo e tudo de bom. Até que você comenta com sua mãe, o melhor é sempre comentar, como quem não quer nada... Ela nem responde direito, está ocupada com o almoço. Então, quando está bem próximo do acontecimento ela vem te perguntar alguma coisa com aquela cara de desconfiada. Ai já era. Começou...

Vêm os questionamentos, as perguntas obvias que nunca tem respostas (e nem precisam por serem obvias), o olhar de desconfiança... Então ela suspira, olha pro teto, cruza os braços. Então você pensa: “merda, já era”. Ela não precisa falar nada. Quer dizer, é essencial que ela fale e ela sempre fala pra dar aquele ar dramático e enfático: “minha intuição de mãe diz pra você não fazer isso...”.

Olha... Vai crescendo aquela agonia, o coração começa a apertar, a decepção ganha força!... Se você é um jovem menino de 5 anos não estará nem ai, vaaai fazer o que quer fazer. Mas os anos vão passando, o garoto vai ganhando experiência e seeeempre que a mãe solta a frase mágica, o cérebro já entra em alerta.

Depois dos 20, pelo menos pra mim, é preferível não arriscar! Mamãe disse que sua intuição lhe diz que não, eu obedeço!!!! Mas que da raiva, isso da!!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Último dia do ano?!

Meus queridos e adoraveis colegas da vida... Normalmente não teho muito o que dizer nessa época de final de ano, mas dessa vez vai ser diferente. Ok, não vou falar nada de novo, mas é que o ano será diferente! Eu sinto e isso é bom... Tem gente que diz que eu sinto tudo errado, mas dessa vez acho que a coisa vai fluir!

Espero que todos tenham um 2010 maravilhoso! A primeira década do século XXI já era, passou. Não vamos viver do passado, vamos aporveitar tudo o que fizemos para fazer mais e MELHOR!
Que todos sejam felizes e que comecem o ano com o pé direito!

Beijão pra todos e boa farra! uhul \o/